GESTAR II– MUNICÍPIO DE JURAMENTO/MG
RELATÓRIO DAS OFICINAS
No dia 30 de maio de 2009, foi inaugurado o GESTAR II na 22º SRE de Montes Claros. Após uma grande ansiedade, pois já começamos com um pouco de atraso devido a problemas estruturais, finalmente começamos a realizar este trabalho que tem prometido ser muito gratificante e significativo para nossas carreiras de educadores. Pelo menos é essa a expectativa que todos temos, não só os formadores, como também os cursistas.
Como fiz o curso representando o município de Juramento, que fica a 35 quilômetros de Montes Claros, tenho uma turma com apenas 4 cursistas. A cidade conta com apenas duas escolas estaduais, sendo uma delas na zona rural. São todas minhas colegaa, inclusive a que trabalha fora da sede pois ela tem algumas aulas na escola onde trabalho. Isso será um ponto bastante favorável para nosso trabalho porque vamos partilhar experiências sobre as quais temos conhecimento e convivência de perto.
O primeiro encontro foi dividido em duas oficinas de 4 horas cada, sendo ambas introdutórias. Na primeira parte, pela manhã, foi realizado o momento de apresentação do Gestar para todos os cursistas e formadores, tanto de Língua Portuguesa, como de Matemática. Todo o programa do Gestar foi apresentado e seus objetivos esclarecidos. A coordenadora Sandra Veloso, representante da SRE de Montes Claros, esteve à frente das orientações gerais e os professores formadores de Língua Portuguesa e de Matemática representantes deste município também fizeram interessantes explanações.
No turno vespertino, cada formador se reuniu com suas respectivas turmas para realizarem as oficinas específicas de cada conteúdo.
Foi bem diferente a experiência de estar diante de colegas de trabalho para dividir e analisar com elas as questões relativas à língua, bem como as novas metodologias que o Gestar II promove. Não quero considero “minhas alunas” como se eu tivesse a pretensão de ensinar alguma coisa, pelo contrário, quero dividir, trocar informações, aprender muito com todas elas. Todas têm muito a acrescentar e acolherei de bom grado tudo que for repartido entre nós.
Apesar de conhecê-las, realizei a dinâmica feita por Tamar em nosso encontro, na qual cada cursista escreve seu nome em um papel e destaca uma frase que tenha marcado sua vida de alguma maneira. Foi um momento bem interessante porque, mesmo conhecendo-as já algum tempo, suas “apresentações” foram reveladoras. Cada uma escolheu uma frase diferente e com elas cada uma manifestava um aspecto novo que eu não conhecia. Foi um momento muito rico.
Na sequência, lemos e refletimos uma mensagem de Gabriel Chalita, que foi distribuída para elas. O nome do texto é “Sherazade e o valor do amor” e eu o escolhi para fazer uma comparação entre a personagem das mil e uma noites e o papel do educador na atualidade. Considero que nós trazemos um pouco dela, pois no cotidiano da sala de aula estamos o tempo todo tentando “seduzir” nossos alunos através da linguagem.
Temos que ter a persistência e a criatividade de Sherazade, além de tudo, temos que demonstrar o amor por nosso trabalho assim como ela o demonstrou pelo seu povo quando se ofereceu para se casar com o sultão opressor.
Após esse instante motivador, iniciamos o estudo do Guia Geral para poder explicitar todos os objetivos do curso, as estratégias que serão usadas e como serão trabalhados os cadernos de Teoria e Prática. As dúvidas foram sanadas e as cursistas demonstraram interesse pelo curso, mas sentiram que haverá muito trabalho a fazer.
Ao terminarmos o estudo do Guia Geral, fizemos uma atividade com análise de vários gêneros textuais que estavam guardados em um “envelope da linguagem”. Elas puderam escolher os gêneros de que gostavam mais e fizeram uma análise dos mesmos elaborando possíveis questões que pudessem ser trabalhadas pelos alunos. As escolhas foram bem interessantes. Uma delas, por exemplo, escolheu um bilhete em que uma mulher deixava um recado para um suposto companheiro e fez uma associação deste com um convite de casamento explorando vários aspectos como os possíveis destinatários, as finalidades dos gêneros e o que podia aproximá-los apesar das diferenças. As demais também fizeram abordagens bastante proveitosas.
No final, da oficina, solicitei-lhes que fizessem a leitura prévia das unidades 9 e 10 da TP3 e também expliquei o motivo de estarmos começando por ela e não pela número 1. Inclusive, salientei que a atividade com os gêneros foi um preparo para o estudo da TP que contemplará o estudo dos gêneros e tipos textuais. Além disso, pedi a elas que fizessem um relatório sobre a primeira oficina que constará como registro dos portfólios que cada uma deverá fazer.
Apesar do trabalho, todas as formadoras demonstraram animação e motivação para o curso. Isso é bom para que as oficinas sejam proveitosas para todos, sobretudo, para o nosso maior alvo: nossos alunos.
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