terça-feira, 22 de setembro de 2009

GESTAR II – MUNICÍPIO DE JURAMENTO/MG

RELATÓRIO DA OFICINA DE 15/08

No dia 15 de agosto, foi realizada a última oficina da TP4, na qual foram abordadas as Unidades 15 e 16. As questões sobre letramento, discutidas na oficina anterior, foram muito importantes para estabelecer uma conexão com o que foi trabalhado nessa segunda parte.

Na Unidade 15, tivemos uma ampla discussão acerca da importância das perguntas que são elaboradas para um texto. Sabemos que ler implica em várias habilidades e toda leitura requer uma finalidade. Debatemos a respeito dos conhecimentos prévios que são tão importantes para que o aluno entenda realmente o que o texto diz. Foi interessante estabelecermos que as perguntas giram em torno de diferentes habilidades, tais como: identificação de informações explícitas, inferências e que há perguntas relacionadas não somente à opinião, como também ao gosto pessoal do aluno, e que tudo isso deve ser levado em conta.

No entanto, argumentamos que há o problema de o aluno sentir dificuldade de extrair do texto informações explícitas básicas, o que demonstra o quanto o trabalho com o texto é importante e, ao mesmo tempo, desafiador. Por isso o trabalho com a leitura compartilhada em sala de aula, uma boa escolha do texto e adequação das perguntas com o nível de aprendizagem e de conhecimentos prévios dos alunos são imprescindíveis.

São as perguntas que movem o mundo, são elas as detonadoras de pesquisas, descobertas, evoluções e avanço que a humanidade já experimentou e ainda experimenta a cada dia. E no trabalho com o texto elas são essenciais. Elas norteiam o aluno, encaminhando-o para o conhecimento, para o aprendizado.

Na Unidade 16, que trata das crenças, teorias e fazeres da produção textual, discutimos qual o verdadeiro papel da produção de textos em sala de aula. Para que nossos alunos devem aprender a escrever bons textos na escola?

Independente de dom artístico ou literário, concluímos que o desenvolvimento de habilidades para a prática da escrita deve propiciar aos alunos a capacidade de se tornarem leitores que sejam capazes de escrever de forma eficiente conforme as exigências atuais. Em suma, o desenvolvimento e o ensino da escrita devem ser vistos como um processo de produção que leva em consideração as situações comunicativas.

Na sequência das atividades, foram relatados os trabalhos com o Avançando na Prática em que as cursistas demonstraram bastante empenho e resultados interessantes. Isso mostra que as atividades do Gestar têm contribuído não somente para ampliar conhecimentos teóricos, mas também, para enriquecer a prática.

Contudo, é pertinente apontar que não são apenas os resultados positivos que são destacados. As cursistas também comentam sobre as dificuldades para se realizarem as atividades, uma vez que, por mais que seja criativa uma atividade, isso não significa que os resultados em sala de aula serão totalmente eficientes.

Após as discussões teóricas e os relatos de experiências, foi feita em grupo a atividade das páginas 220 e 221 da TP4, que parte de uma ilustração com várias crianças de diferentes características físicas, cujo desenho foi baseado no anúncio de uma fundação dos EUA que trabalha com crianças que vivem em bairros periféricos.

As cursistas apresentaram a interpretação que fizeram do desenho e a partir dela, redigiram uma propaganda relacionada com essa interpretação. Foi uma atividade bastante interessante, que evidenciou diferentes posicionamentos e também o projeto para uma aula sobre profissões que pode ser adaptada na escola.

Foi uma oficina muito proveitosa, em que foram discutidos e alicerçados muitos pontos importantes acerca da escrita, da leitura e da prática em sala. Afinal, são essas abordagens que propiciam uma significativa melhoria no processo de ensino e aprendizagem, objetivo primordial do Gestar II.

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