domingo, 21 de março de 2010

GESTAR II / MUNICÍPIO DE JURAMENTO/MG

RELATÓRIO DA OFICINA DE 12/12/09

No dia 12 de dezembro, foi realizada a última oficina do Gestar de 2009. Foram estudadas as unidades finais do TP 6, cujos temas eram: O processo de produção textual: revisão e edição e Literatura para adolescentes.

Tivemos um momento de descontração no início em que distribui às cursistas algumas lembrancinhas e uma mensagem de Mário Quintana, antecipando já os bons votos de Natal e Ano Novo. Procuramos fazer uma oficina mais leve, uma vez que o período em que estamos fechando o ano letivo é sempre carregado de ansiedade e cansaço. Eis a mensagem:

A idade de ser feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz.

Somente uma época na vida de cada pessoa e que é possível sonhar e fazer planos e ter energia para realizá-los, a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores.

Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE, também conhecida como AGORA ou JÁ e tem a duração do instante que passa...

(Mário Quintana)

A seguir, fizemos o estudo do TP considerando vários aspectos importantes. Um deles que mereceu destaque foi o processo de produção textual, levando em conta a revisão e a edição. É um processo que requer amplo planejamento, uma vez que os alunos ainda consideram a revisão como uma espécie de punição, sendo que, na verdade, é um processo de aprimoramento do texto. E cabe ao professor desfazer esse pensamento equivocado. O processo de escrita na escola ainda precisa ser amplamente renovado, para que nossos alunos escrevam com eficiência. Não queremos que todos sejam escritores ou jornalistas, não é essa a pretensão. Mas queremos que eles possam ter autonomia e habilidade para produzir os mais variados textos que possam surgir em diferentes situações comunicativas em que estarão inseridos.

Também discutimos muito a abordagem da literatura para adolescentes nas escolas. O livro literário não deve ser visto como mero pretexto para uma prova e se servir a esse único fim. Desse modo, ao invés de estimular o interesse pelos livros, poderá ser criada uma verdadeira aversão à leitura, sobretudo, dos clássicos.

É certo que os alunos têm ao seu redor uma gama muito variada de informações, ou seja, de leitura. Portanto, a costumeira frase que diz que os jovens de hoje não lêem precisa ser revista. Afinal, eles lêem muitos outros suportes, raras vezes são os livros. É papel da escola propiciar o espaço para a construção da leitura e avaliar de que forma os alunos fazem suas leituras, em vez de dar ênfase apenas à quantidade.

Questionamos também que, muitas vezes, o próprio sistema mutila essa possibilidade de leitura por prazer. O vestibular é um exemplo claro disso, pois os livros indicados e que devem ser lidos pelos vestibulandos acabam se tornando material para perguntas de múltipla escolha. O prazer pela leitura e a percepção literária acabam ganhando a denotação limitada do certo e errado das alternativas.

A leitura deve ser apresentada de forma criativa, interativa, que permita o desenvolvimento de várias habilidades como interpretar, associar idéias e, sobretudo, que desperte o prazer pelo ato de ler. Sabemos que nem todos os alunos vão gostar de ler, não devemos ter essa ilusão, mas tentar criar situações em que eles possam desfrutar da leitura, sentindo nela um mundo de possibilidades é o nosso dever.

Na seqüência, houve a exposição dos Avançando na Prática, momento sempre muito rico em que as trocas são possíveis e estimulam muito o trabalho de todos.

Após a avaliação da oficina, foi feito uma confraternização, com um lanche coletivo no qual as cursistas puderam se encontrar com colegas de outras escolas e criar um ambiente de socialização.

Foi uma oficina descontraída, diferente das outras, pois procuramos desde o seu planejamento tornar o ambiente agradável, a fim de proporcionar momentos de interação, descontração e não apenas de análises teóricas. Sabemos o quanto os professores se encontram cansados no final do ano, com o acúmulo de trabalho no decorrer de todos os bimestres e chegar nessa etapa do curso já é uma grande vitória. Esperamos que no próximo ano elas voltem com mais energia e dedicação para buscar cada vez mais o avanço no processo de ensino-aprendizagem.

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